sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Aumento das tarifas de transportes

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas,(FGV), mostra que, em seis anos, o preço da passagem de ônibus subiu muito acima da inflação oficial.
As tarifas dos transportes públicos estão subindo muito mais do que a renda dos brasileiros, isso nós estamos cientes e percebemos que o principal motivo são as fraudes relacionadas aos benefícios concedidos pelo governo, que nos impõe as condições da população e dessas pessoas que estão cada vez mais buscando o transporte alternativo que acaba saindo mais em conta no final do mês. Afirmou Rosemeire Silva, 36, assistente de supervisão no Salvador Card.
A pesquisa abrange um período de sete anos, de 2001 a 2007e mostra que, praticamente todos os preços de transportes de passageiros subiram muito acima da inflação no período que foi de 55%, em média, as passagens de ônibus urbano subiram 110%; trens 94%; metrô 82% e táxi, 73%. Em quase todo o país, o campeão dos aumentos foi o transporte mais popular: o ônibus urbano.
Sim, desses aumentos, sabemos que o maior aumento foi das tarifas em Salvador, porém, sabemos também que onde existe uma maior quantidade de frotas de ônibus no país, isso as empresas de comunicação do país não procurou apurar para ser apresentado em contra partida aos aumentos dessas tarifas, que são o que acabam custiando a melhoria do transporte mais utilizado em todo Brasil. Informa Raquel, 39, Supervisora de um dos postos de recarga do Salvador Card.
O aumento do óleo, do combustível e do serviço de manutenções dados a esses transportes, são os principais argumentos de defesas utilizados pelos empresários para defender esses aumentos consecutivos em um curto período nas grandes cidades brasileiras. Mas a o argumento incontestável, e mais “aceito” pelos governantes do país, é que são as fraudes contra o sistema de transporte os grandes responsáveis pelo descontrole das tarifas exorbitantes nos transportes urbanos.
“Um trabalhador que ganha um salário mínimo, por exemplo, sofre mais o aumento das tarifas de ônibus urbano”, desabafa o estudante Rafael Oliveira, 19, terceiro ano do segundo grau.
Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, o setor vive uma crise. Em 12 anos, as empresas perderam 35% dos passageiros transportados. Dados revelados em uma matéria exibida no Jornal Hoje.
Em resposta as pesquisas publicadas pelo Jornal Hoje, o superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), Horácio Brasil apresentou alguns dados contestando as publicações citadas acima.
Equivocados, inconseqüentes e desprovidos de consistência. Esta é a avaliação que o superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), Horácio Brasil, faz do estudo divulgado pelo Estudo Brasileiro de Economia (Ibre) ligado à Fundação Getúlio Vargas. “É uma questão de aritmética: se em setembro de 2001 a tarifa era R$1 e em setembro de 2007 está em R$2,00 o aumento é de 100% e não 149.7% como fomos publicados”, compara. Se for considerado de janeiro de 2001 a agosto de 2007 - como pontua o estudo – ainda assim o resultado permanece inferior. Fica em torno de 120%.
O transporte urbano de Salvador é composto tradicionalmente pelos modais rodoviário, ferroviário e assessores. O modal rodoviário é formado por 2.551 ônibus e 111 microônibus distribuídos por 496 linhas onde foram transportados 478,23 milhões de passageiros em 5,61 milhões de viagens no ano de 2002. Já o sistema ferroviário possui 13,5 km de extensão e é responsável pelo transporte de 3.081.361 de passageiros em 22.139 viagens no ano de 2002. Os assessores públicos (Elevador Lacerda, Plano Inclinado Gonçalves e Plano Inclinado Cosme de Farias), complementam o tradicional sistema de transporte soteropolitano com um total de 9.292.553 pessoas transportadas em 2002.

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